Virar patrão é saída para desempregados na crise
Faturamento de franquias cresce 7,9% no primeiro semestre de 2016.
O aumento do desemprego tem levado muitos brasileiros a passar para o outro lado do balcão. São pessoas que, diante da escassez de vagas, decidem assumir o chapéu de patrão e montar seu negócio.
Esse movimento tem impulsionado o segmento de franquias, cujo faturamento cresceu 7,9% no primeiro semestre do ano, comparado ao mesmo período de 2015.
O segmento tem se tornado não apenas uma alternativa de renda para um grupo de desempregados, como um novo nicho de mercado para os bancos. Santander e Banco do Brasil, por exemplo, criaram este ano divisões voltadas para franqueados, com opções de financiamento facilitado.
Especialistas alertam, porém, que investir numa franquia requer cuidados. O investimento inicial para colocar de pé uma única loja varia de R$ 5 mil a R$ 80 mil, considerando taxa de franquia (taxa de adesão à rede de franqueados), recursos para abertura da unidade e capital de giro. O cálculo é da Associação Brasileira de Franchising e considera microfranquias.
Para gigantes, como a rede de fast-food Habib’s, o investimento fica na casa dos milhões. Além disso, o tempo para obter retorno do investimento, independentemente do tamanho do empreendimento, pode variar de um ano e meio a três anos. Também é preciso evitar modismos e ter em mente que trabalhar com uma marca consolidada no mercado não é garantia de sucesso.
Para Renato Muniz, diretor da consultoria MM Franquias, o franchising atrai o investidor principalmente por oferecer maior segurança:
"Franquia é um modelo de negócio com experiência de sucesso. Isso evita a repetição de erros inerentes ao início de um negócio e minimiza o risco de falência. Não é por acaso, que o percentual de franquias que fecham as portas no primeiro ano é de cerca de 4%, enquanto para negócios próprios, este índice sobe assustadoramente para quase 80%". Sentencia o consultor.
Fonte: PEGN.